"Todos os animais são sujeitos de direitos e estes devem ser preservados" assim prescreve a UNESCO na declaração universal dos direitos dos animais. No entanto, no Brasil, as práticas de maus-tratos contra a fauna divergem em relação a essa proposta. Isso se evidencia não só pela falta de consciência ambiental dos brasileiros, mas também pelos hábitos culturais os quais preservam a exploração dos animais. Relativo à falta de consciência ambiental dos brasileiros, é possível afirmar que é iniciada no período da infância, uma vez que, sem ter conhecimento, as crianças aprendem, muitas vezes observando os pais, que são superiores e que todo ser vivo deve ser submetido às suas vontades. Além disso, no ambiente escolar a grade curricular que abrange o ensino de bioética e direito dos animais é fraca, resultando em uma má-formação cidadã. Convém lembrar ainda que muitos costumes das várias regiões do país não contribuem para que os animais voltem a ser livres como eram antes das civilizações humanas. Recentemente, uma dessas práticas se tornou tema de debates, a vaquejada, esporte que tem como objetivo a queda do boi por meio de violentas ações dos "machões de botas", causou polêmica ao ser discutida no STF. Isso mostra o quão firme a cultura do maltrato ainda permanece no país. Sendo assim, percebe-se o vinculo que a violência contra os animais tem com a formação educacional e cultural do brasileiro. Por isso, é necessário que o Governo Federal em consonância com o MEC amplie a obrigatoriedade das matérias de bioética e direitos dos animais nas escolas auxiliando na capacitação dos professores para tratar esses temas. Outrossim, é preciso que a mídia incentive, por intermédio de campanhas, a população a fazer denuncias por meio de aplicativos e ligações aos órgãos públicos responsáveis pelos direitos dos animais.