A coevolução, fenômeno ocorrido quando duas espécies adaptam-se mutuamente, aconteceu entre seres humanos e diversos animais, criando relações harmônicas entre esses grupos. Contudo, com o decorrer da história da civilização, animais foram sendo submetidos a maus tratos e a debilidade da fiscalização estatal apenas contribui para a continuidade dessas agressões, criando contrastes dentro de uma sociedade que se diz civilizada. Na antiga sociedade romana, animais eram capturados em diversas regiões do império para serem utilizados nos espetáculos realizados no Coliseu e eram, frequentemente, assassinados de modo cruel. Na sociedade atual, apesar da violência não ocorrer por diversão, ela está presente no nosso dia-a-dia. Regularmente observamos cavalos puxando carroças e recebendo chicotadas, gatos e cachorros abandonados nas ruas e sem alimentação, além de pássaros presos em gaiolas. Vê-se, portanto, a necessidade de intervenção do Estado com a finalidade de proporcionar maior proteção a esses animais e a erradicação desse problema. Entretanto, para a efetividade dessa erradicação, é necessária maior fiscalização nos municípios. A ausência de organizações específicas nas cidades para investigar casos de violência contra animais gera um cenário de descaso, criando brechas para a permanência de tais crimes. É indispensável, dessa maneira, a intensificação no número de agentes ambientais circulantes nas ruas, em defesa de uma sociedade livre de tais atrocidades. Logo, medidas são necessárias para resolver o impasse. Almejando eliminar a violência contra os animais e aumentar a fiscalização, o governo federal deve aumentar os subsídios fornecidos à Polícia Ambiental, criando, dessa forma, recursos para o treinamento e formação de maior número de agentes. Com a realização desse feito, maior número de multas e prisões serão realizadas, distanciando-nos das atrocidades ocorridas no Coliseu e, ao mesmo tempo, aproximando-nos da tão sonhada sociedade civilizada.