No conto ''O gato preto'', de Edgar Allan Poe, a narrativa inicia-se a partir da personagem principal que, ao decorrer da história, aprofunda-se no vício ao álcool e consequentemente adquire o hábito de torturar friamente seu gato de estimação. Apesar de tratar-se de um conto fictício, os acontecimentos ante aos maus-tratos aos animais são recorrentes em uma realidade que a objetificação do animal e a violência doméstica estão presentes no cotidiano. Mesmo com a intensa evolução tecnológica, animais ainda são utilizados para testes científicos. As empresas de cosméticos, na tentativa de oferecer produtos de ''qualidade'', apropriam-se da densa pelagem de seres que possuem semelhança com o cabelo humano, mantendo-os em ambientes inóspitos, sem alimento e liberdade. Nos EUA, o conhecido parque aquático Seaworld, possui diversas acusações de tortura e mantimento de cárcere aos golfinhos, que são considerados as atrações principais, mas são adestrados forçosamente. Destarte, supracitando o filósofo Sartre, a violência é sempre uma derrota, e com a brandura de leis à proteção animal, dar-se-á a continuidade dos ocorridos. Não obstante, agressões também ocorrem em ambientes domésticos. Na falta de canis proporcionados a cães e gatos, a maioria da contingência desses animais --- principalmente se forem da raça vira-lata, pelo preconceito existente a ela --- têm um caminho traçado em ruas e vias públicas. Com isso, ficam suscetíveis a quaisquer tipos de maus-tratos, além da possibilidade de serem levados à locais para esse propósito e futuramente abandonados. Em análogo com o fato social do sociólogo Durkheim, esses fatos tendem a ser corriqueiros quando não há uma devida atitude, tornando a adoção dificultosa e, por vezes, inexistente. Dessa forma, é necessária a resolução ao exposto. Para tal, o Ministério da Segurança deve contratar fiscais para averiguar as condições de produção em empresas, fechando o local caso haja o uso de animais para proveito. O Sistema Legislativo deve aumentar o valor para multas e a rigidez penal para casos de torturas e agressões. É imperativo também que o Ministério Público crie casas de abrigo à animais abandonados e eleve o número de canis já existentes, incentivando a adoção e evitando o desamparo. Com isso, a afetuosidade será a única existente.