No último século houve grande avanço em relação à criação de leis e de instituições de proteção aos animais. Contudo, na sociedade atual ainda faz-se presente os maus tratos e os comportamentos cruéis contra os mesmos, o que demonstra que apenas a criação de leis não é suficiente para solucionar a questão. Fatores de ordem histórica e educacional caracterizam a problemática. Durante muito tempo esteve vigente na população uma mentalidade de inferiorização dos animais de tal forma que era até aceitável e normal certas crueldades contra esses seres vivos. Por conta desse pensamento, diversos parques e circos apresentavam maus tratos contra os animais que eram utilizados nas apresentações. Tal fator pode ser ratificado pelo livro "Água para elefantes" que retrata os terríveis bastidores, marcado por violência contra os animais, os quais eram responsáveis por manter a magia do espetáculo para o público. Outrossim, a falta de uma educação, seja na escola ou em casa, que ensine o respeito e o cultivo do amor aos animais para as pessoas dificulta a resolução do problema. À guisa do educador Paulo Freire: "a educação transforma a sociedade" é possível perceber o papel fundamental da educação para que essas crueldades deixem de acontecer. O documentário Blackfish, por exemplo, conta a história da baleia Tilikum do parque aquático Sea Worl que sofreu em cativeiros pequenos para o seu tamanho e acabou descontando seu sofrimento matando uma treinadora. Logo, por meio da instrução das pessoas é possível evitar que incidentes como esse se repitam. É notória, portanto, a relevância de fatores de cunho histórico e educacional na temática supracitada. Nesse viés, cabe à escola, em parceria com a família, incentivar o amor aos animais por meio de trabalhos, como visitas a canil, palestras, debates em sala de aula e diálogos em casa. Ademais, cabe ao governo aumentar a fiscalização nos lugares que utilizam animais a fim de garantir que a integridade desses bichos seja preservada. Por fim, é preciso que a mídia, em consonância com organizações de defesa aos animais, realize campanhas de conscientização e incentivo à denúncia. Tal proposta pode ser efetivada por meio de anúncios e propagandas nos principais meios de comunicação.