Em grandezas termodinâmicas, a entropia mede a desordem dos sistemas - quanto maior o grau, maior será a energia necessária para estabilizá-los. Não obstante, nas relações humanas, pode-se afirmar que o grau de entropia, no que tange à carência de políticas públicas para dirimir os maus-tratos contra os animais, está elevado. Deixando nítida a necessidade de medidas para solucionar esse impasse. Mormente, cabe salientar que o ordenamento jurídico brasileiro prevê pena de reclusão e detenção a quem submeter a maus-tratos os animais. Porém, os traficantes de animais aproveitam-se das fragilidades das leis para pagarem multas irrisórias e responderem o processo em liberdade. Por conseguinte, infere-se que, infelizmente, essa prática criminosa, no Brasil, torna-se economicamente viável para eles, dificultando, desse modo, o trabalho de fiscalização da Polícia Ambiental. Além do comércio ilegal de animais, outro fator motivador, para o crescimento descomedido do abandono e da violência aos animais, é a falta de debates sobre essa temática nas escolas brasileiras. Esse fator corrobora de forma direta na intensificação desse entrave, porquanto é a partir dessas instituições sociais que o cidadão forma o censo crítico. Segundo Nelson Mandela, a educação é a arma mais poderosa para transformar o mundo. Portanto, observa-se a imprescindibilidade de haver mudanças no âmbito escolar. Em suma, como na segunda lei da termodinâmica, a ordem tende, obrigatoriamente, à desordem, logo, medidas são necessárias para que a entropia, a qual se refere aos animais, seja estabilizada. É necessário que o governo federal, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, enrijeça a legislação ambiental, por meio de emendas parlamentares, com o fito de mitigar as mazelas do comércio ilegal de animais. E quem sabe assim, o pode público trabalhando de maneira integrada, a população caminhe inversamente proporcional à lei da física - mantendo a ordem e a harmonia no ecossistema.