Título da redação:

Em Terra de Vira-Lata, Quem tem Dono é Rei

Tema de redação: Como solucionar a questão dos maus-tratos contra os animais

Redação enviada em 21/11/2017

A luta contra os maus-tratos aos animais não é muito antiga e, devido aos diferentes tipos de relação do ser humano com as diferentes espécies de animais, toma várias formas. Desde o início da movimentação global em torno das questões ambientais, o número de adeptos às dietas vegetarianas e veganas tem crescido no mundo todo, inicialmente na Europa e países desenvolvidos e, recentemente, em países em desenvolvimento. O veganismo, vertente mais “radical” do vegetarianismo, não permite o consumo de qualquer produto de origem animal, seja ele um alimento, uma roupa de couro ou pelo, ou um produto de beleza. Foi criado no Brasil, em 2011, o projeto de lei que daria origem as chamadas “delegacias do animal”, órgãos especializados no combate aos maus-tratos aos animais, e, no Brasil, maltratar animais de qualquer espécie é considerado crime ambiental desde 1998. Até agora, nenhuma dessas medidas teve sucesso em reduzir o número de casos de violência contra animais no Brasil. Pessoas do mundo todo que visitam o Brasil se espantam com o número de cachorros nas ruas e com a facilidade que se tem de adquirir um animal silvestre em terras brasileiras. Nos últimos anos, não só os casos de maus-tratos a animais domésticos tem aumentado, mas também a agressividade e a crueldade do agressor nesses casos. O número de animais abandonados todo ano também não diminui, mas isso não significa que não existam forças nadando contra essa maré de brutalidade e covardia. Nas duas últimas décadas, o número de ONGs em defesa dos animais e do meio ambiente tem crescido consideravelmente. Cada vez mais empresas tem adotado políticas de consumo consciente de alimentos e antigas “formas de entretenimento” como a vaquejada, os rodeios e as touradas tem perdido apoio popular. Há, também, projetos de conscientização da população sendo postos em prática por diferentes frentes de mobilização. Quem adere à esses movimentos tem como compromisso informar sobre os métodos adotados por criadouros de cães e gatos vendidos em pet shops e, também sobre como funcionam os matadouros e seus similares, lutar contra a utilização de animais em testes de produtos de qualquer espécie, incentivar a população a adotar animais abandonados e conscientizar a sociedade do papel de protetor que o homem deve assumir em relação a natureza. For a do Brasil, a vida dos animais é, geralmente, mais fácil. Dificilmente se vê cachorros nas ruas dos países desenvolvidos e, a cada dia, a ideia de zoológicos voltados apenas para entretenimento perde força. O importante agora, é que os que lutam a favor dos animais não se deixem enganar pela nuvem de pelo e sangue que os cerca.