"Somos pessoas que temos apenas o direito de não ter direitos. Somos o lixo da sociedade, que nossos governantes querem colocar debaixo do tapete", constata a assistente social e ex-moradora de rua Maralice dos Santos. Percebe-se que o descaso do Governo e da sociedade em relação aos moradores de rua é enorme. Nesse sentido, dois fatores são importantes: o direito à moradia e geração de renda. É crucial lembrar, primeiramente, que de 0,6% a 1% da população mora nas ruas do Brasil, segundo dados do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esses dados mostram o quanto esse fato é alarmante e que pede uma maior atenção dos governantes. Inquestionavelmente, essas pessoas já não veem expectativas de vida, principalmente, por não possuírem direitos à moradia, isto é inadmissível, já que perante as leis todos são iguais. Dessa forma, os moradores de rua só querem abrigos em que haja boa acomodação, longe de olhares indignos da sociedade. Não obstante, existe a falta de oportunidades de empregos para os desabrigados, ou seja, a população fica receosa quando se trata de contratá-los para trabalharem em suas empresas ou em suas casas. Por isso, a geração de renda é complexa para os moradores de rua, somente o Governo pode mudar essa realidade cruel, tendo em vista que aos olhos da sociedade os desagasalhados são invisíveis. Infelizmente, o preconceito ainda é grande, e os moradores de rua sofrem com isso, então, a única saída para não passarem mendicância é o roubo. Diante dos argumentos supracitados, é dever do Governo Federal construir mais abrigos, onde será possível todos serem amparados, e que haja nesses abrigadouros serviços, para que possam ganhar suas rendas. Isso deve ser feito em parceria com cada cidade, a fim de que ambos possa ajuda-los a sair dessa precariedade e a sociedade possa olha-los com outros olhos. Logo, o país poderá sair dessa epidemia.