Indubitavelmente, a Constituição Federal de 88 foi um marco, sobretudo, no que diz respeito à garantia dos direitos fundamentais dos indivíduos. Nesse âmbito, o princípio da dignidade humana garante o direito à moradia e ao conforto, contudo, é notório uma contrapartida nesse princípio, uma vez que os índices de moradores de rua estão em ascensão, tornando-se necessária uma intervenção para a inclusão desses indivíduos na sociedade. Com a análise de uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) em 2015, é possível constatar um índice de aproximadamente 100 mil moradores de rua no Brasil, sendo possível indagar que grande parte dessas pessoas vivem em situação precária. Tendo em vista esse enfoque, é imprescindível afirma que as causas dessa problemática se deriva de um alicerce de fatores relacionados ao alcoolismo e ao uso de drogas, sendo esses catabolizados por problemas pessoais dos indivíduos como o desemprego e as desavenças familiares. Ademais, a grande dificuldade das autoridades está relacionada à aplicação de políticas públicas, uma vez que essa situação de desolamento acarreta em problemas sociais como a exclusão. Desse modo, a existência de programas sociais visa proporcionar a inclusão dessas pessoas à sociedade, com intuito de promover a reinserção, bem como diminuir os índices de violência e de miséria, sendo esses objetivos priorizados mundialmente, e que tem engajamento em princípios humanitários. Ademais, como já dito pelo filosofo Heráclito ‘‘nada é permanente, salvo a mudança’’ e , com esse pensamento, as políticas públicas visam a mudança desse cenário, porém, a escassez de políticas de reinserção especificas promovem um bloqueio, visto que um alcoólatra deve ser tratado e não reinserido de imediato ao mercado de trabalho, pois isso só agravaria sua situação. Diante disso, medidas são necessárias para combater o impasse. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, em conjunto com o Governo Federal, deve promover políticas públicas para cada morador de rua, identificando, por meio de análise de dados do Cadastro Único, o perfil de cada grupo e destinando aos programas sociais mais adequados. Por fim, as Secretarias de Assistências Sociais devem promover projetos sociais de inclusão, por meio de mutirões que possibilite a interação dessa população com a sociedade, sendo esse um caminho para solução desse impasse.