Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Como promover a integração dos moradores de rua à sociedade

Redação enviada em 31/07/2018

É indubitável que as políticas públicas sofrem influência das revoluções industriais. A Industrialização da Inglaterra possibilitou o 'cercamento' de pequenas propriedades ao retirar a posse do morador para o seu uso nas produções, o que gerou grandes migrações para as cidades e, consequentemente, a pobreza urbana. Destarte, no que tange ao Brasil, os moradores de rua carecem de integração política, ao serem negados de possibilidades de emprego, e humana, ao se perder o foco sobre suas condições sanitárias e sociais. De início, cabe pontuar que as possibilidades de emprego não dependem apenas do empresário, como também do poder público. De acordo a escritora Lya Luft, a aceitação de premissas diferentes é ameaçador à zona de conforto. À vista disso, é possível medir a importância de políticas sanitárias aos moradores de rua, pois, normalmente, o empresário possui uma visão estigmatizada desse cidadão ao compará-lo com pessoas de má fé, drogados e alcoólatras. Nesse viés, é importante que políticas, como nivelamento escolar e disponibilização de albergues, sejam oferecidas de forma gratuita e incentivada às pessoas em situação de rua, para que o empregador tenha um pensamento menos preconceito, o que passará a movimentar o mercado. Além do mais, é importante ressaltar que gerenciar os recursos humanos também é essencial na recuperação do cidadão. O 5° artigo da Constituição de 1988 defende a plena igualde social e resguarda qualquer cidadão vulnerável. Entretanto, é de conhecimento a falta de atuação dos governantes nos investimentos em saúde e educação básica, o que gera um efeito em cascata que gera menos qualidade de vida e mais jovens em posição de risco. Assim, é preciso entender que possibilitar uma vida digna ao morador de rua, apesar de ser um ato humano e remediador, não compete a uma prevenção de qualidade, o que torna visível a importância de uma infância de qualidade para prevenir uma futura formação desse grupo. Fica evidente, portanto, que Lya Luft foi coerente em afirmar que os julgamentos sociais são acompanhados por medo, o que explica a falta de ações sociais. Para evitar isso, é necessário que o Ministério das Cidades, juntamente com o da Educação, fomente cursos técnicos incisivos em escolas rurais e urbanas de baixa qualidade, como a formação tecnóloga em agricultura, de modo que freie a ida do jovem ao centro urbano ao capacitá-lo a trabalhar na sua região rural ou periférica, no intuito de gerar vias alternativas de trabalho à ociosidade. Mesmo sabendo da dificuldade ao acesso à terra, os investimentos em educação formarão uma consciência social, o que abrandará em longo prazo a mazela dos problemas de rua e gerará possibilidades de emprego e vagas acadêmicas.