A integração de moradores de rua `a sociedade é uma temática muito discutida entre os especialistas em gestão pública. Isso deve ser analisado, discutido e alcançado, uma vez que promove um aumento na qualidade de vida desses indivíduos. Nesse sentido dois aspectos fazem-se relevantes: a análise dos possíveis fatores que levam essas pessoas a viverem na rua e a urgência em expor medidas que visem a amenizar essa problemática. Em um primeiro viés, cabe ressaltar que, de acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Dessa maneira, seguindo essa linha de pensamento, observa-se que vícios como o alcoolismo e o uso de drogas os quais são desencadeados por uma maneira social de agir, geram problemas familiares que atuam como um propulsor para que alguns indivíduos venham a habitar as ruas. Ademais, perda de moradia, discriminação e desemprego dificultam a reinserção social dessas pessoas. Assim, esse cenário corrobora a importância em discutir e alcançar a integração dos moradores de rua `a sociedade, pois muitos deles vivem em condições sub-humanas, desamparados pelo poder público e sem oportunidade para reverter a situação em que se encontram. Em uma outra perspectiva, é válido salientar que, desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, observa-se que, no Brasil, esse ideal iluminista é deixado de lado não só pelo poder público, o qual não elabora medidas que visem a integrar o morador de rua `a sociedade, como também pela sociedade civil que age com preconceito com essas pessoas. Assim, a urgência em expor medidas que visem a amenizar essa problemática é imprescindível para superar a realidade apresentada. Diante do argumentado, infere-se, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de um mundo melhor. Destarte, o Governo Federal, em parceria com a Secretaria Nacional de Assistência Social, deve criar programas que promovam a reinserção do morador de rua `a sociedade, por meio de ações que garantam alimentação, saúde, moradia e proteção para eles. Além disso, cabe às pessoas, ter uma conscientização de que não podem tratar os outros de maneira inferior só por causa da sua situação social, é preciso ter empatia para com a vida do próximo, pois segundo Durkheim, o fato social determina a maneira de agir e de pensar na vida de um indivíduo.