Em meados do século XIX, o Brasil viveu uma fase de urbanização alavancada pela industrialização e pelo êxodo rural. Naquela época, o mercado voltou-se à indústria. O que acabou por gerar desemprego na zona rural do país. Por isso, o camponês passou a vender sua força de trabalho na capital para seu sustento. Porém, nem todos conseguiram se adaptar ao novo sistema, ficando às margens da sociedade e sobrevivendo nas ruas em condições precárias. Em consequência disso, é possível constatar que as quantidades de moradores sem-teto cresceram ao longo da história. Hodiernamente, o número ultrapassa de 100 mil, segundo a pesquisa realizada pela Ipea em 2015. Sabe-se que a causa de 20% dessa população residir nas ruas é a falta de moradia. Portanto, é perceptível a falha do governo na política pública voltada à questão, haja vista o decreto na Constituição Federal e o artigo 5° que têm como princípios o respeito à dignidade humana e as condições básicas de saúde e alimentação. Além disso, outro fator que contribui com o aumento do percentual de moradores de rua, é o nível de escolaridade. Como pode ser analisado na notícia exposta pela ISTOÉ, em que mais de 58% dos sem-teto possuem o ensino fundamental completo ou incompleto. Tal estatística é plausível quando comparada à ocupação de uma vaga de emprego. Nesse sentido, é notório que essas são preenchidas por indivíduos que possuem alto grau de formação educacional. Dessa forma, cabe ao Governo Federal criar programas de inserção dos moradores de rua na sociedade, por meio de obras que garantem suas condições básicas de vida, ou seja, higiene, alimentação, saúde, educação e moradia. Assim, com essas condições atingidas, os sem-tetos terão a oportunidade de serem ativos na sociedade e o problema que atinge milhares de pessoas seja diminuído gradativamente.