Adotada pelas Nações Unidas desde 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos visa garantir a base do respeito à dignidade humana. No Brasil, entretanto, tais garantias, muitas vezes, não são verificadas em relação às pessoas moradoras de ruas. Sob tal ótica, devem-se analisadas a falta das integrações dos moradores sem lar no tecido social e o desmazelo do poder público causa a problemática em questão. A priori, a negligência governamental é uma das principais causadoras do problema. Destarte, o iluminista Rosseau afirma que o Estado deve garantir igualdade jurídica aos cidadãos. Nesse âmbito, de maneira análoga, é perceptível que o desafio rompe com esse pensamento, haja vista que embora a moradia seja direito garantido pela Constituição Federal de 1988 para os todos os brasileiros, tais garantias ainda são negadas. Em decorrência disso, não é à toa que mais de 100 mil pessoas se encontram sem moradias no Brasil, segundo o site Ipea. Dessa forma, evidencia a importância da atuação do Estado como forma de combater o impasse. Outrossim, a questão está longe de ser resolvida. Uma prova que comprova isso são os desafios que os desabrigados encontram nas ruas, por exemplo: fome, falta de higienização, falta de agasalhos durante o inverno e a vulnerabilidade da violência urbana. Analogamente a isso, a sociedade, então, por tender incorporar as estruturas sociais que são impostas à sua realidade, conforme defendeu o sociólogo Pierre Bourdieu, naturalizou e reproduziu a desintegração dos sem teto ao longo do tempo como algo cotidiano, desleixando soluções para reverter atual cenário. Em consequência disso, tem-se o problema enraizado na sociedade brasileira, entretanto, tudo o que é socialmente construído, pode ser culturalmente combatido. Torna-se evidente, portanto, que a falta de moradias para os moradores de ruas fere os Direitos Humanos. Para tanto, é necessário que o Senado criar uma lei, que se chamará "Lar para todos". Nela, o governo deve por meio de projeto social oferecer moradias aos desabrigados. Paralelamente, a Receita Federal deve reduzir impostos de empresas que oferecem empregos e cursos profissionalizantes aos antigos moradores de ruas, com o intuito de oferecer uma renda mensal para conseguirem pagar suas despesas. Além disso, a mídia deve fazer campanhas televisivas por meio de uma fábula transmitida nas televisões, a fim de conscientizar o meio social a abraçarem essa causa e ajudarem aos desabrigados com condicionamento alimentícios, financeiros ou roupas. Espera-se com isso, evitar que esse desafio não se propague ainda mais no tecido social.