“A rua nos mostra a frieza da sociedade e a tristeza de um povo esquecido”, esse trecho do poema, de Mariana Chammas, ilustra a invisibilidade e o descaso com os moradores de rua. Uma vez que, esse grupo é ignorado pela maioria da sociedade, que julga e tem preconceitos com esses indivíduos. Contudo, esse segmento social é uma comunidade heterogênea que necessita de apoio para a sua reinserção social e cumprimento dos seus direitos civis. Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), há no Brasil cerca de 100 mil pessoas vivendo nas ruas. Contudo, é preciso compreender que os motivos de estar nessa situação são variados. Entre eles estão o uso de drogas, problemas financeiros ou familiares. Desse modo, é importante perceber que viver esta realidade, nem sempre é uma questão de escolha individual, mas sim fatores sociais que culminam nessa situação. Portanto, promover a integração desses cidadãos à sociedade é uma tarefa complexa que exige acompanhamento e não somente medidas paliativas e pontuais, tais como distribuição de alimentos e abrigos temporários. É primordial entender que essas pessoas precisam ser inseridas no mercado de trabalho, possuir uma moradia fixa, além de acesso à educação. Ademais, esse grupo social é avaliado, conforme o fato social de exterioridade, de Durkheim, em que independente da sua atitude é visto pela sociedade como um perigo. Enquanto, que na realidade são em sua maioria vítimas de um problema de vício em drogas ou familiares. Essa visão preconceituosa é um dos motivos para haver inúmeras agressões e até homicídios aos moradores de rua. Por conseguinte, para haver uma integração dos moradores de rua a sociedade são necessários medidas mais completas. As prefeituras devem investir em construção de abrigos, além de treinamento de profissionais para acolher esses indivíduos, tais como, médicos, psicólogos e assistentes sociais. É importante um acompanhamento individual visando estimular a autonomia e a possibilidade de garantir trabalho e residência. As ONGs, por sua vez, podem ajudar levando esses profissionais as pessoas que se recusam procurar ajudar em abrigos. Além disso, ONGs em parceria com a mídia, podem desenvolver campanhas publicitária para promover a empatia dos cidadãos.