Com a consolidação da lógica capitalista, intensificou-se o processo de exclusão social, que tem como um dos principais reflexos as pessoas em situação de rua. A desigualdade é agravada pois, frequentemente, o poder público e a população em geral fecham os olhos para essa problemática, deixando essas pessoas à margem da sociedade. A população de rua é extremamente heterogênea e muitos são os fatores que podem resultar na vivência nas ruas, estando entre os principais: o alcoolismo, as drogas, o desemprego e problemas familiares. Percebe-se que, apesar da vulnerabilidade social ser pungente, a fragilização emocional é fator determinante para a situação de rua. Estima-se que no Brasil existam mais de 100 mil pessoas vivendo nas ruas, de acordo com dados do IPEA. Logo, em 2009 foi lançada a Política Nacional para a População em Situação de Rua, através do Decreto nº 7.053/2009, entretanto, pouco se vê de ações práticas que visem resolver ou ao menos minimizar este problema. Desta forma, é necessária a implantação de políticas públicas efetivas, onde Secretarias de Assistência Social possam cadastrar esses cidadãos e oferecer serviços de acompanhamento psicossocial, alimentação e cursos profissionalizantes. Também é de grande importância a construção de mais abrigos públicos, principalmente em cidades que possuem um inverno mais rigoroso. Por fim, é preciso que se olhe para o outro com mais compaixão e respeito, para que eles possam se sentir efetivamente incluídos na sociedade.