O artigo 6º da Constituição Federal garante o direito à moradia digna indistintamente a qualquer cidadão brasileiro. Porém, uma parcela da população brasileira não usufrui desse direito e está em situação de rua, como é possível observar diariamente em diversas cidades. Isto posto, nota-se que a integração desses indivíduos à sociedade é um problema que deve ser debatido. Para entender esse imbróglio, devemos estudar os fatores motivadores. Diante disso, de acordo com pesquisa feita pela revista Istoé, o vício (Drogas e álcool), problemas familiares e desemprego são as principais causas do indivíduo escolher a rua como seu "abrigo".Neste caso, percebe-se o Poder Executivo como diretamente responsável pela manutenção da situação, ao passo que não realiza nenhuma medida efetiva para atenuar o problema e, pelo contrário, o que notamos é um número cada vez maior de indivíduos em situação de rua. Logo, percebe-se um desrespeito a o que está estabelecido no texto constitucional. Ao se estabelecer na rua, o Indivíduo, como qualquer outro, sofre forte influência do ambiente que, por vezes, é repleto de criminalidade e drogas. Exemplo claro disso é a quantidade de pessoas que vivem às ruas do "Bairro Cracolância" da cidade de São Paulo, bairro esse que possui altíssimo número de assaltos, roubos e viciados em drogas. Outrossim, por mais que optem por levar uma vida sem vícios e longe de infrações, essas pessoas sofrem preconceito social e marginalização. Assim sendo, cabe lembrar do personagem fictício Jean Valjean, do livro "Os miseráveis" de Vitor Hugo, que é preso e, após ser posto em liberdade, ele vira um morador de rua e é rejeitado pela sociedade. Fica claro, portanto, que a situação dos moradores de rua fere os princípios constitucionais e é um problema de ordem social. Logo, a Secretaria da Cultura deve, em parceria com Ong's de tratamento de dependente químicos e AA (Alcoólicos anônimos), criar projetos de teatro e artes para viciados, com o intuito criar mais portas e impedí-lo de desistir da vida em sociedade. Ao mesmo tempo, os municípios, por meio das Secretarias Municipais do Trabalho e emprego, devem criar vagas específicas para pessoas em situação de rua. Por fim, a Secretaria de Inclusão Social deve investir em psicólogos, psiquiatras e equipes de médicos com o intuito de retirar da rua e tratar o maior número possível de moradores de rua.