Os moradores de rua são aquelas pessoas que vivem em condições de extrema pobreza, carência material e não conseguem obter as condições mínimas para viver. Historicamente, a questão sobre os mendigos aparece como “conseqüência direta da escravidão”, pois após a promulgação da lei Áurea, que libertou os escravos, muitos por falta de instrução e qualificação, não encontravam espaços no mercado de trabalho, sendo algo que foi passado de pai para filho e reflete nos dias de hoje. Os moradores de rua enfrentam desafios por viverem da forma como vivem, tais desafios são a violência, falta de saneamento básico, higiene e alimentação, precariedade e abandono de uma vida confortável, de acordo com dados do site politize. Por tais fatores, muitos indivíduos vêem os moradores de rua como sem qualificação ou pessoas sujas, dessa forma torna-se difícil que eles consigam um emprego e saiam dessa condição de vida. Sendo assim, Gilberto Dimenstein escreveu em seu livro “Cidadão de papel” sobre a condição de meninos de rua, ele diz que é um sintoma mais agudo da crise social, pois nota-se, dessa forma, uma ausência de cidadania. Nesse sentido, a cidadania é o conjunto de direitos e deveres que um cidadão possui, entre eles, ter acesso à saúde, moradia, alimentação e educação, mas os moradores de rua não têm esses direitos fundamentais, algo que deveria ser de acesso a todos, não funciona tão bem na prática. Logo, com a finalidade de promover a integração dos mendicantes na sociedade, faz-se necessária a criação de abrigos, projetos sociais e leis, como a política nacional para a população em situações de rua, pelo governo federal, para que eles tenham mais acessibilidade a empregos, educação, capacitação, saúde e segurança. Além disso, a mídia, como jornais, revistas e televisões, com o poder de divulgação que tem, deve mostrar e divulgar, através de reportagens e propagandas, projetos sociais para inclusão de mendigos na sociedade, expondo que são pessoas como qualquer outra e que com a orientação correta conseguem sair dessa situação de pobreza, com o propósito de adquirirem mais cidadania, como diz Gilberto Dimenstein em seu livro “Cidadão de papel” a cidadania é algo que é necessário e deve ser direito de todos.