A partir de 2014, o Brasil passa a enfrentar uma grande recessão econômica. Com isso, os trabalhadores tornam-se mais vulneráveis, e devido à baixa escolaridade e à falta de qualificação, o índice da população que começa a viver nas ruas por motivos financeiros aumenta gradativamente, exigindo mais participação governamental para a erradicação desse problema social. A maior parte da população de moradores de rua encontra-se em uma situação de abandono, em que a falta de ou a desinformação os impedem de procurar o auxílio de programas e instituições públicas, e esses, marginalizados pela sociedade, passam a viver sem nenhuma perspectiva de melhora na sua qualidade de vida, com nenhuma oportunidade no mercado de trabalho e sobrevivendo majoritariamente a partir de práticas de sucateamento e reciclagem. Essa complexidade que contorna a precariedade da vida da parcela da população que mora nas ruas encontra-se na baixa disponibilidade de empregos e a falta de viabilidade em ações do Governo do Estado que garantam toda a assistência necessária para a erradicação do problema que, restringido a um auxílio financeiro, não desenvolve condições favoráveis para a manutenção pessoal da própria condição de vida. Para isso, é imprescindível à cima de tudo a iniciativa governamental para garantir efetivamente a inserção social dos moradores de rua. A frase de René Descartes “não existem métodos fáceis para problemas difíceis” enfatiza a evidência de que o auxílio àqueles em situação de rua não deve ser restringido ao atendimento às necessidades básicas, mas também ao desenvolvimento de centros educativos, aumentando a qualificação profissional, abrangendo mais possibilidades no mercado de trabalho e melhorando gradativamente a qualidade de vida.