Título da redação:

Moradores de rua: Entendendo para solucionar.

Tema de redação: Como promover a integração dos moradores de rua à sociedade

Redação enviada em 14/04/2018

Iniciada na Inglaterra Moderna, a Revolução Industrial modificou profundamente a dinâmica das grandes cidades a partir do século XVIII, promovendo o êxodo rural e o aumento exponencial da população no meio citadino, processo conhecido como urbanização. Em meio a esse cenário de intensas mudanças, os diversos desafios tornaram-se constantes nos centros urbanos, dentre eles pode-se destacar a necessidade de integrar os moradores de rua à sociedade. Em 2015, de acordo com o IPEA ( Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ), o Brasil contava com mais de 100 mil pessoas vivendo nas ruas, motivadas por fatores relacionados à crise econômica enfrentada pelo Brasil e às relações familiares problemáticas. Diante disso, nota-se que a carência de projetos sociais incluidores de andarilhos urbanos é um dilema que precisa ser solucionado no país. A ciência geográfica conceitua o desemprego conjuntural como aquele ocasionado pela instabilidade ou crise econômica enfrentada por um país. No caso brasileiro, as estratégias empresariais e as manobras realizadas pelo setor econômico privado objetivaram cortar gastos e lidar com as oscilações financeiras da melhor maneira possível, demitindo um grande contingente populacional. Consequentemente, várias famílias não puderam mais contar com salários fixos e nem com modos alternativos de arcar com suas despesas vitais, acrescendo em 150% a quantidade de pessoas que se encontravam em situação de rua entre os anos de 2014 e 2017, segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social do Rio de Janeiro. Dessa forma, depreende-se que o colapso vivenciado pela economia brasileira constitui um importante fator de incremento do número de indivíduos sem moradia no território brasileiro. Ademais, os conflitos internos nas famílias representam uma das causas de maior relevância para a saída de vários cidadãos de seus lares. No âmbito familiar, a ausência de diálogos saudáveis e regulares, a exaustão provocada pelos exercícios laborais e a falta de maturidade emocional dos responsáveis são elementos que contribuem para o acirramento de contendas entre os membros da instituição social primeira. Desse modo, deduz-se que a insegurança e o desconforto impostos sobre os civis dentro de suas próprias casas representam impulsos que reforçam o desejo de várias pessoas abandonarem suas moradas, agravando a problemática dos habitantes das ruas do país. Portanto, infere-se que a ausência de medidas que garantam crescente integração social dos andarilhos urbanos à sociedade é um impasse que necessita de medidas para a sua efetiva resolução. Em um primeiro momento, é de extrema relevância que o Governo Federal recompense financeiramente as empresas e corporações que contratarem moradores de rua para o seu núcleo de funcionários, garantindo-lhes auxílio moradia, refeição e plano de saúde. Agindo assim, as pessoas em condição de rua contarão com fontes de renda fixa e mensal, movimentando a economia nacional e suprindo suas necessidades básicas. Além disso, é de fundamental importância que ONGs e autoridades locais, como prefeitos e vereadores, aliem-se para a promoção de eventos direcionados à educação familiar, contando com psicólogos, psiquiatras e educadores familiares. Com essa atitude, as famílias brasileiras encontrarão maneiras acessíveis e práticas para solucionar suas questões internas, amenizando a saída de indivíduos e trazendo parentes de volta ao lar. Aplicando essas medidas, haverá maior possibilidade de incluir moradores de rua ao meio social adequadamente.