É sabido que no ano de 1929 houve a quebra da bolsa de valores de Nova York, isso fez com que milhares de pessoas proclamassem falência em poucos dias e fossem parar nas ruas gerando a Grande Depressão. No Brasil, pesquisas apontam que desde o século XIV já existiam moradores de rua. Diante a fatores histórico-culturais, faz-se necessário um maior olhar acerca da invisibilidade de pessoas em situação de rua no Brasil. A crescente população em situação de rua no Brasil é o retrato mais cruel da miséria social que se aprofunda em diversos ramos da esfera pública. Os moradores de rua ou mendigos como são popularmente conhecidos, são pessoas como todas as outras, mas infelizmente são tratadas por muitos como indigentes. Sabe-se que estes não podem ajudar no progresso financeiro do país, visto que por estarem na rua não trabalham e nem tem moradia fixa, e assim não contribuem para o aumento do produto interno bruto (PIB). No entanto, muitos também não têm documentos de identificação pessoal e acabam ficando isentos do pagamento de impostos, como o FGTS e o IPTU. Pode-se dizer que essa é uma das causas para serem deixados ao léu, pois a lógica capitalista visa apenas obter o lucro, porém, a invisibilidade vai muito além disso. No Império Romano os soldados ao voltarem para Roma ficaram sem ter onde morar, logo a única saída encontrada foram às ruas e para sobreviverem roubavam pessoas e pequenos comércios. No contexto atual, percebe- se que alguns “mendigos” fazem o mesmo para tentar sobreviver, em razão disso infelizmente existe uma grande generalização por parte das pessoas e por isso muitas vezes ignoram a existência dessa parcela da população e os excluem da sociedade. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. É de suma importância que o Governo Federal, em parceria com a Secretaria Nacional de Assistência Social, crie programas que promovam a reinserção do indivíduo na sociedade, por meio de ações que garantam a moradia, alimentação, saúde, higiene e a proteção para eles, além do que cabe ao Ministério da Educação promover cursos que possam estar capacitando às pessoas que têm interesse, pois a reentrada no mercado de trabalho torna-se difícil quando 33% da parcela das pessoas que vivem nas ruas são ex-detentos e muitas vezes não conseguem trabalho por causa disso. E cabem as pessoas, ter uma conscientização de que não podem tratar os outros de maneira inferior só por causa da sua situação social, é preciso ter empatia para com o próximo, pois, segundo Martin Hoffman ‘’A empatia é a verdadeira base da moralidade. ’’