Em 1992, ocorreu uma das piores tragédias dos últimos tempos: o massacre do Carandiru, que acabou culminando na morte de 111 presos.Esse acontecimento foi uma amostra da fragilidade e do caos do sistema penitenciário brasileiro, se mostrando incapaz de cumprir com a sua principal função: corrigir e reintegrar o indivíduo à sociedade. A princípio, vale pontuar que o preconceito contra os ex-presidiários é um dos principais fatores que dificultam a reintegração dessas pessoas, devido ao prejulgamento realizado pela maioria da população.Prova disso, são os dados do G1, que afirmam que apenas 20% dos ex-detentos conseguem emprego. Outrossim, são poucos os presídios que oferecem condições de reintegração do condenado, como apoio social e psicológico.Além disso, a maior parte das prisões se encontram em situações precárias, com ambientes violentos, sem higiene e superlotação.Como consequência, o filósofo Engels concluiu que essas circunstâncias fazem com que o indivíduo volte para o mundo do crime após sair da casa de detenção, agravando o problema. Dessa forma, é necessário por parte do Estado um maior investimento na criação de programas de recuperação com mais eficiência, que tenha apoio social, psicológico, capacitação profissional e que sejam fiscalizados por superiores para garantir o projeto, podendo construir um futuro melhor para essas pessoas quando saírem dos presídios.