Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. Entretanto, quando se observa, a inclusão social de ex-presidiários, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática insiste intrinsecamente ligada a realidade do país. Nesse contexto, torna-se claro que tanto a justiça quanto a sociedade não cumprem com seus devidos papeis para a ressocialização dos ex-detentos. Em primeira análise, podemos perceber que a justiça pune, porém esse não deveria ser seu único propósito. Certamente, uma pena para alguém que tenha cometido um crime não teria que ter como única solução o encarceramento, pois isso foi cometido por alguma razão. Tendo em vista que os presídios deveriam transmitir apoio para os detentos, procurado o motivo da prática do crime. Temos como exemplo, a Noruega, que o principal proposito dos presídios é a ‘’reabilitação’’, sendo estimulada por um sistema progressivo de benefícios, não só para os detentos como também o governo que os contrata para trabalhar em construções públicas. Em segunda análise, a sociedade por sua parte também não corrobora para a ressocialização dos ex-presidiários. Sendo que segundo o jornal, Gazeta do Povo, a falta de oportunidades de emprego é o fator que mais influência ex-detentos a voltarem a prática de crimes. Indubitavelmente, esse descredito social seja fator das penitenciarias serem apresentadas como um lugar violento e hostil pela mídia. Dessa maneira, nossa sociedade deve mudar sua visão dos presos, para que eles tenham oportunidades de emprego depois que perfizerem a pena estabelecida pela justiça. Infere-se, portanto, que os ex-presidiários devem ser reintegrados socialmente. Sendo assim, cabe ao Ministério da Justiça instituir projetos nas penitenciarias, por meio de psicólogos e professores, para que os presos tenham uma reeducação e acompanhamento a problemas emocionais que, inclusive, deve continuar depois de cumprida a pena. Além disso, deve promover campanhas incentivando a admissão de ex-detentos, por meio da redução de impostos em empresas que os contratem. Já a mídia, intermediariamente, tem que suprimir a abordagem discriminatória com os presídios, para que a sociedade mude sua visão sobre o assunto, promovendo assim o real papel das penitenciarias na ressocialização do indivíduo.