No filme “O enigma da Kaspar Hauser”, retrata a vida do jovem Kaspar que passou grande parte da sua vida em um cativeiro, sendo privado do convívio social. Quando solto acaba sendo ajudado pela sociedade na sua integração social. Fora da ficção, nos dias atuais a exclusão social ainda é um fator que impede as relações socais, tornando-se perceptível na dificuldade de ex- presidiários em se introduzirem em cargos de trabalho e na sua ressocialização. Em primeira instância, o pouco investimento em projetos educacionais dentro de presídios é responsável pela exclusão futura de ex- presos no mercado de trabalho. Em virtude do orçamento público destinado ao sistema penitenciário quase nunca suprir as necessidades básicas, acaba contribuindo para baixa escolaridade dos detentos. A Constituição Federal de 1988 prever o acesso a educação, um direto destinado para todos, fundamentando-se nisso apesar de existir leis que implementem a educação em presídios, poucos presos tem acesso ao sistema educacional,uma vez que há mau aproveitamento ou ausência total de infraestrutura para os programas. Ademais, já os ex-presidiários que conseguem sua liberdade condicional acabam por terem problemas com sua ressocialização na sociedade. Logo, por possuírem um histórico de crime terminam tendo dificuldade em sua reinserção social. Dessa maneira, por não conseguirem um emprego que possa lhe oferecer melhores condições de vida, os leva a cometer novamente delitos para conseguir seu ganho pão, por consequência acaba se tornado um ciclo vicioso e sem fim. Em suma, fica evidente que o descaso do poder público junto com a repressão da sociedade. Nesse caso, a iniciativa para a mudança dever se exercida pelo o Ministério da Justiça, em parceira com a Gestão Pública, em que devem discutir e disponibilizarem vagas de trabalho no próprio poder público e determinarem empresas que possam inseri-los, buscando dessa forma criar novas maneiras de condições para que consigam se regenerar e ter uma vida melhor.