Desde o iluminismo, entende -se que uma sociedade só progride quando um se mobilizar com o outro. No entanto, quando se observa à questão da inclusão social dos ex-presidiários, no Brasil, hodiernamente, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejável mente na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país, seja pela falta de perspectiva, seja pela lenta mudança da mentalidade social. Nesse sentido, convém analisarmos as principais consequências de tal postura negligente para a sociedade. É indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, o governo não dá garantia a esse grupo. Logo,rompe essa harmonia, haja visto que não há política públicas que promova estruturado acolhimento para uma efetiva internação carceraria. Sendo assim, torna-se difícil uma provável reabilitação do preso ,o que agrava significativamente uma reinserção na sociedade. Outrossim , destaca-se que o preconceito social está atrelado ao conhecimento de que a prisão não recupera o indivíduo como impulsionador do problema. De acordo com o sociólogo Émmile Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar, dotada de exterioridade, generalidade e ciercitividade. Segundo essa linha de pensamento, observa-se que a sociedade não considera prudente aceitar um ex-presidiário em seu convívio por causa dos antecedentes criminais e o receio de uma reincidência no crime. Dados mostram que 42% voltam a praticar crimes após retornar para seu meio social. Desse modo , reforça a cultura de desrespeito aos ex-cativos. É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas públicas que visem à construção de um mundo melhor. Descarte, o governo federal através do ministério da educação deve promover aulas de alfabetização e cursos profissionalizantes nos presídios a fim de capacitá-los para conseguir meios mais viáveis de se encaixarem no mercado de trabalho. Através de uma boa preparação o tecido social será capaz de mudar o conceito de que os ex - presos não são capazes de retornar ao seio da sociedade. Como já dito pelo pedagogo Paulo Freire , a educação transforma pessoas e essas mudam o mundo.