Com o Iluminismo no século XVIII, foram vários os benefícios conquistados pelo homem, como o direito a vida e a participação no meio social. Contudo, no tocante a reintegração dos ex-presidiários na sociedade, essa não é verdadeiramente efetivada, seja pela existência de preconceito por parte dos cidadãos, seja por falta de investimentos do Estado em programas de assistência a essa parcela da população. É evidente a dificuldade dos ex-reclusos de ter uma vida normal, uma vez que, por não conseguirem alcançar tal fato, 42% deles voltam ao cotidiano do crime. Uma das causas para esse entrave é a falta de confiança do corpo social para com eles. De acordo com pesquisa realizada pelo site G1, apenas 40% dos ex-detentos conseguem um emprego formal, o que corrobora a ideia de que os cidadãos tem receio de se relacionar com eles. Somado a isso, a falta de capacitação profissional e o fato de a maioria ser analfabeto funcional dificulta a reinserção deles no mercado de trabalho. Para melhorar essa perspectiva, vem sendo criadas medidas como a criação da Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados, que reduziu 30% a reincidência criminal entre os presos que por esse método. Todavia, o cenário ideal está longe de ser alcançado. Os presídios estão superlotados, o que dificulta a introdução de técnicas de assistência aos detentos. Destarte, para efetivar esse regresso a sociedade, os Governos Federal e Estadual devem promover a reforma das penitenciárias, facilitando a introdução de programas que eduquem, incentivem e promovam a capacitação dos encarcerados. Concomitantemente, a mídia deve usar de seus recursos publicitários, como reportagens e debates, para formar opiniões avessas ao estigma da discriminação contra a classe supracitada.