O sistema prisional brasileiro tornou-se uma problemática na sociedade contemporânea,devido à falta de infraestrutura e a negligência do Estado perante à situação.Tais impecilhos têm dificultado a inclusão social de ex-presidiários,o que fomenta a inserção dos mesmos no crime novamente. Segundo a reportagem publicada pela Gazeta do Povo,42% dos ex-detentos voltam a praticar crimes após o decreto de liberdade,esse fato evidencia a ineficiência do Estado em promover políticas públicas de ressocialização,como: cursos profissionalizantes,atendimento psicológico e sistema básico de saúde.Dessa forma,o infrator encontra obstáculos para ingressar no mercado de trabalho,assim levando-o a praticar os mesmos atos ilícitos para manter a própria sobrevivência. De acordo com o sociólogo Pierre Bourdieu,a sociedade incorpora as estruturas sociais que são impostas à sua realidade e depois as naturalizam.Diante disso,é possível afirmar que o preconceito e a exclusão social sofrida pelos infratores são repassados de geração a geração,sendo assim, contribuem para o isolamento do indivíduo na sociedade e o impede de obter ascensão social. Fica evidente,portanto,que a atuação do Estado é fundamental para reintegração de presos na sociedade.Em primeiro lugar, é preciso disponibilizar cursos técnicos para detentos,pois quando esse estiver em liberdade terá capacitação profissional para ingressar no mercado de trabalho e condições para manter a própria sobrevivência.Outra forma seria o Governo investir na infraestrutura dos presídios,disponibilizando agentes de saúde e psicólogos para garantir que o infrator tenha condições para se reintegrar na sociedade.Não obstante, a participação de ONGs a fim de incitar a conscientização das pessoas,por meio de campanhas em combate ao preconceito pelos ex-presidiários irá contribuir para a ascensão social desses indivíduos,assim amenizando a reintegração deles no crime.