Durante o movimento iluminista, pensadores levantavam o lema de “Liberdade, Igualdade e Fraternidade,” afirmando que os homens nascem dentro do princípio da isonomia. Entretanto, quando se observa a realidade da inclusão social de ex-presidiários no Brasil, nota-se que os ideais iluminista ainda carecem no âmbito social e político contemporâneo, seja pela ineficácia de políticas públicas, seja pelo problema estrutural no sistema carcerário brasileiro. Sendo assim, é necessário analisar as principais consequências de tal postura negligente. É imprescindível que a questão política e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações políticas e sociais é característica da modernidade líquida vivida no século XXI, dessa maneira, é possível notar que, no Brasil, a falta de leis que busquem a ressocialização e inclusão de ex-presidiários à sociedade rompe essa harmonia e, visto que, muitos dos detentos após o término da pena voltam a cometer crimes, essa questão torna-se ainda mais relevante. Nesse contexto, destaca-se a situação precária em que se encontram as penitenciárias no Brasil como impulsionador do problema. Para o sociólogo Durkhein, as atitudes são determinadas por fatos sociais, isso significa que os indivíduos agem de acordo com as convenções vigentes na sociedade. Nota-se, dessa forma, que o ambiente em que é o detento convive durante o tempo da pena, tem um papel crucial na sua reabilitação para o convívio em sociedade, assim sendo necessária, a inclusão de medidas socioeducativas no ambiente penitenciário. Entretanto, haja vista a superlotação de presídios em condições insalubres e desumanas, torna-se difícil à implantação dessas medidas. Nesse contexto, vale ressaltar o filme “Carandiru,” que retrata muito bem, a situação precária em que vivem muito dos detentos. É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem a construção de um mundo melhor. Dessa forma, cabe ao Ministério do Trabalho e do emprego criar políticas e diretrizes, que busquem a inserção de ex-detentos ao mercador de trabalho, fornecendo subsídios para aqueles que querem recomeçar a vida. Do mesmo modo, que há de ser necessário que o Ministério da educação (MEC) crie programas socioeducativos que forneçam a instrução necessária para aqueles que querem estudar, elaborando mais programas como o ENEM (PPL). Assim sendo, também há de ser necessário que o MPOG, realize pesquisas para a reformulação do sistema carcerário brasileiro que traga isonomia à todos, e para que no futuro esse sistema punitivo arcaico seja extinto.