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Redação sem título.

Tema de redação: Como promover a inclusão social de ex-presidiários no Brasil

Redação enviada em 20/05/2018

Adotada pelas Nações Unidas desde 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos visa garantir a base do respeito à dignidade humana. No Brasil, entretanto, tais garantias, muitas vezes, não são verificadas em relação à inclusão de ex-presidiários. Sob tal ótica, devem-ser analisadas a falta de integração na sociedade e o preconceito. A priori, a negligência governamental é uma das principais causadoras do problema. Destarte, o iluminista Rosseau afirma que o Estado deve garantir igualdade jurídica aos cidadãos. Nesse âmbito, de maneira análoga, é perceptível que o desafio rompe com esse pensamento, haja vista que, embora a igualdade, a segurança e a fraternidade sejam direitos garantidos pela Constituição Federal de 1988 para os todos os brasileiros, tais garantias ainda são negadas aos ex-presidiários brasileiros, pois não tem nenhum projeto para a inclusão de ex-detentos no tecido social para romper o estigma de ser um ex-marginal. Dessa forma, não é à toa que 42% de ex-penitenciários voltam a praticar crimes e terminam na prisão novamente, segundo o site Gazeta do povo. Outrossim, observa-se, ainda, que a questão está longe de ser resolvida. O livro "Carcereiros" retrata a história dos presidiários brasileiros e a forma desumana como são tratados, submetidos à fome, à violência e à falta de higienização. Analogamente a isso, a sociedade, então, por tender a incorporar as estruturas sociais que são impostas à sua realidade, conforme defendeu o sociólogo Pierre Bourdieu, acomodou e reproduziu a falta de direitos da ex-população prisional ao longo do tempo como algo cotidiano e naturalizou o estigma de "diretos só para quem é direito", desleixando soluções para reverter o atual cenário. Em consequência disso, tem-se o problema enraizado na sociedade brasileira, contudo, tudo o que é socialmente construído pode ser culturalmente combatido. Torna-se evidente, portanto, que a falta de inclusão social para os ex-criminosos representa um impasse a ser combatido. Para tanto, é necessário que o Senado crie uma lei que se chamará "Reintegrando". Nela, o Governo Federal, em parceria com as escolas profissionalizantes, deve, por meio de projetos socais, oferecer cursos de especialização aos detentos para que eles tenham uma profissão quando cumprirem sua pena. Além disso, serão guiados para as empresas visando a obtenção de um emprego que possa proporcionar uma renda mensal, mantendo longe da criminalidade. Ademais, a mídia, por meio de campanhas televisivas, deve criar uma fábula a ser transmitida na televisão, a fim de conscientizar as pessoas sobre como respeitar e incluir os ex-presos na esfera social, com o intuito de romper o tabu do preconceito e abraçarem essa causa. Espera-se, com isso, evitar que esse desafio não se propague ainda mais no tecido social.