Prática de crimes em uma sociedade é algo normal e inerente ao meio social, porém se torna patológico quando assume proporções exageradas, como afirma o sociólogo francês do século XIX Émile Durkheim. Hodiernamente, o Brasil apresenta cadeias superlotadas, que já não resolvem mais essa problemática, o que propicia os altos indicadores de criminalidade. Logo, isso deve ser resolvido pela efetiva ação de agentes adequados, uma vez que maior parte dos presidiários, quando soltos, voltam a praticar delitos pelo fato de existir empecilhos ao seu ingresso no mercado de trabalho e nas possibilidades de readaptação, em razão de sofrerem preconceitos. Primeiramente, tendo como base a ideia do filósofo Kant, de que “O ser humano é aquilo que a educação faz dele”, torna-se evidente que dentro das penitenciárias os presidiários precisam ser reeducados,visto que, o ser é a educação que ele recebe, para que desse modo saiam do confinamento com comportamentos sociais positivos. Todavia, isso fará com que eles possam se restabelecer ao convívio social e levará a população a confiar no governo e mitigar os prejulgamentos antes estabelecidos sobre os ex – penitenciários, permitindo-os maiores possibilidades de empregabilidade. Sob esse viés, os cidadãos brasileiros devem desconstruir sua ideia de que “uma vez bandido, sempre bandido”, corroborada pela concepção de Heráclito de que “Nada é permanente, salvo a mudança. Tudo está em constante mudança inclusive o ato de pensar”, tendo como propósito a eliminação dessa falácia. Portanto, esse conceito deve ser passado a fim de atingir a todos, para que possam desconstruir sua visão de mundo unilateral sobre esse espectro, desssa maneira, não se deixando alienar com os ditos populares. Nesse sentido, devido à ineficiência das instituições políticas-legislativas em formular mecanismos de controle social específico a essa realidade, é notória a necessidade de medidas mais eficazes. Assim, compete à Secretaria de Educação, em parceria com iniciativas privadas, fornecer educadores – por meio de provas que os selecionarão – para trabalhar nas cadeias e, com isso, a exigência do laudo de um psicólogo, afirmando se o indivíduo está apto a viver de forma correta socialmente após cumprir sua pena, caso contrário continuará sendo acompanhado pelo profissional. Análogo a isso, tem de haver a atuação da mídia -um amplo meio de divulgação- para exibir os projetos realizados com os presos, e frisar o fato de que todos mudam constantemente. Com isso, contribuirá para que, quando livres, não sofram discriminação e não se tornem uma pária, obtendo outras oportunidades de vida.