Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. Entretanto, ao observarmos a dificuldade da reinserção de ex-presidiários na mesma, no Brasil, esse ideal iluminista é constatado na teoria, e não desejavelmente na prática e a problemática persiste, intrinsicamente à realidade do país, seja pela falta de cuidados por parte do Estado, seja pelo grande preconceito social. O papel social da cadeia é punir infratores da lei e reeducá-los para viver novamente em sociedade. Porém, presídios superlotados, que inserem os presos em condições desumanas e a ausência de capacitação profissional, tendo em vista que a maior parte dos presos são analfabetos funcionais, além do mais são responsabilidades do Estado. Em consequência disso, a maior parte dos ex-presidiários voltam ao mundo do crime. Os preconceitos têm mais raízes do que princípios. A frase de Nicolau Maquiavel conceitua a sociedade em face dos que já estiveram presos. Este prejulgamento é fruto do medo da reincidência. Provocando assim a exclusão dessa parte, fechando as portas das oportunidades, como fica explícito nos dados do G1, que afirmam que 20% dos ex-presidiários conseguem emprego. Fica portanto evidente que há entraves para combater essa problemática. Dessa forma, o Estado deve não só construir novos presídios, como também oferecer apoio médico, psicológico e capacitação profissional. Este último como objetivo de preparar penitenciários para uma nova vida. Além de oferecer incentivos fiscais a empresas para contratarem esses indivíduos. Como disse Pitágoras: “Educai os meninos para não punir os homens’’. Logo, fica claro que se deve investir, bem como, em educação. E a mídia como formadora de opiniões, conscientizar que todos merecem uma nova chance. Sendo assim, formaremos uma realidade melhor a quem resolveu mudar