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Redação sem título.

Tema de redação: Como promover a inclusão social de ex-presidiários no Brasil

Redação enviada em 13/05/2018

A população relativa, que corresponde ao número de habitantes por unidade de área de um local, cresce gradativamente nas prisões brasileiras, o que é acentuado por muitos reincidentes. Desse modo, é indubitável que a inclusão do ex-presidiário na sociedade brasileira ainda é um problema persistente e que essa parece ser uma realidade imutável, seja pela atuação de facções criminosas - que acompanham o integrante mesmo após o cumprimento da pena - seja pela falta de oportunidades no mundo além das grades. Em primeiro lugar, convém relacionar as poderosas organizações criminosas - que operam dentro e fora dos presídios - ao fracasso da ressocialização. Na batalha pela sobrevivência, muitos associam-se às facções para buscar segurança, dando em troca prestação de serviços ilícitos e, uma vez incorporado, desertar é praticamente impossível. Destarte, são esses que, na maioria das vezes, quando postos em liberdade, voltam a praticar crimes e somam-se na estatística com outros 42% de ex-penitenciários, de acordo com uma reportagem publicada pela Gazeta do Povo. Ademais, a ausência de projetos educativos e de capacitação dos detentos dificultam no processo de inclusão. É de conhecimento geral que o sistema penitenciário brasileiro não prioriza a reeducação, mas apenas a punição em regime fechado com algumas horas de "banho de sol". Nessa perspectiva, além de ter que lidar com todo o preconceito e descriminação que lhe é inerente, o ex-presidiário sofre com a carência de instrução técnica mínima para se inserir no mercado de trabalho. Fica evidente, portanto, que providências sejam tomadas com o intuito promover a inserção do ex-detento à sociedade. Sendo assim, a gestão penitenciária deve minimizar a atuação poderosa das facções criminosas através de fiscalizações mais minuciosas entre os presos, como impedir a entrada de celulares e intervir em diálogos suspeitos, a fim de bloquear a adesão de novos integrantes e garantir a independência do infrator dentro e fora das grades. Além disso, o Ministério da Educação deve incrementar projetos de capacitação técnica dentro da cadeia por meio de cursos profissionalizantes básicos, como na área de construção civil, com o propósito de garantir possibilidades na vida livre, visto que, como afirmou o filósofo pré-socrático Heráclito: "Nada é permanente, salvo a mudança".