Desde a ascensão do Iluminismo ,pôde-se perceber que o progresso social só pode ocorrer a partir do momento em que todos se mobilizam para o bem comum. Contudo, quando se trata da questão de ex-presidiários e sua inclusão na sociedade brasileira, nota-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática, e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país, pois o desamparo governamental presente juntamente com a ignorância populacional tendem a piorar a situação. É indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as principais causas do problema. Visto que, na CF(Constituição Federal), Art. 3º, é promulgado que a erradicação da marginalização e das demais exclusões é dever do País.Porém, escassos investimentos-mesmo existentes- em projetos de inclusão em empresas, refletem no que é vivido diariamente por ex-carcerários: a exclusão, principalmente em empregos nos quais o patrão apresenta alto índice de preconceito e desconfiança. Outrossim, atrelado aos escassos investimentos, existe o preconceito social. Adotando o pensamento do filósofo Sócrates, de que os erros são consequência da ignorância humana, pode-se dizer que o desconhecimento(preconceito) que é tido por parcelas, é fator que encadeia o ex-detento a desistir de voltar para a sociedade como indivíduo correto, e faz com que ele pense até mesmo em retornar ao crime, por ser uma opção mais viável para ganho de dinheiro e aceitação nesse âmbito. Em suma, tendo em vista que o Governo tem o dever de erradicar a marginalização de modo geral, e que, ao mesmo tempo, a sociedade tem que se libertar da ignorância para evitar erros, órgãos como a APAC(Associação de Proteção e Assistência aos Condenados) deverão ser expandidos para mais locais, pelo próprio Governo Municipal de cada um. E que o Ministério da Educação deverá fazer uma campanha de marketing utilizando-se de mídias digitais, conscientizando, através de vídeos e fotos, grande parcela da população sobre a situação vista hodiernamente, e o quanto ela pode ser revertida com a busca pelo bem comum, já vista no Iluminismo.