Entre os séculos XV e XVI a Inglaterra detinha um sistema de punição de delitos, sistema este, que interava a qualquer delito a condenação à morte. Hodiernamente vemos que tão importante quanto punir é reintegrar o delinquente a sociedade, logo, a falta de sistemas que os integrem e de uma sociedade que e sinta confiante, ao acolhê-los, tem sido obstáculos no Brasil. Thomas Morus, em seu livro “A Utopia” descreve o sistema penitenciário da Inglaterra de seu tempo, segundo ele apenas através da reeducação o penitente pode ser devolvido à sociedade. Isto significa, que a criação de sistemas que eduquem o detento ao valor do trabalho, a gravidade de seu erro e a importância de uma vida cidadã, deve estar no centro dos planos e projetos desenvolvidos nos presídios. Muitos ex-presidiários sofrem com dificuldades para conseguir trabalho e com o preconceito, diante disto a criminologia contemporânea entende que um acompanhamento psicológico se faz necessário para saber se dadas as mesmas circunstâncias o criminoso cometeria o mesmo crime novamente, somente com essa resposta será possível garantir segurança a população acerca do ex-penitente. Por isso, o Governo Federal, juntamente com o ministério da justiça e o conselho de criminologia, deve criar programas de reintegração social, agregando o acompanhamento de psicólogos, criminólogos, psiquiatras e assistentes sociais a reeducação através de cursos profissionalizantes, projetos de leitura e reflexões diárias, por meio de interação de verba dos cofres públicos para compra de livros e admissão de profissionais, esperando-se assim, uma reintegração mais eficaz e uma sociedade mais segura de acolhê-los.