É notório que, a aversão de uma boa parte da sociedade brasileira aos ex-presidiários é algo que prejudica muito a nova vida dessas pessoas, já que, ao sair de lá o preconceito cotidiano misturado com a falta de estrutura do país prejudicam muito a busca por um novo emprego, sem contar que já é difícil para um cidadão sem antecedente criminais conseguir um emprego. Com esse fato em evidência é necessário se analisar a situação não só com uma visão mais humana, mas sim com exemplos que possam provar para a sociedade que com o método certo é possível trazer essas pessoas de volta para a vida cotidiana. Um bom exemplo é a APAC, Associação de Proteção e Assistência aos Condenados, essa entidade tem como objetivo a reintegração social de condenados e a primeira associação surgiu em São José dos Campos no ano de 1972, e desde o início ela mostrou um ótimo funcionamento. Com os resultados promissores o método se espalhou pelo Brasil e pelo exterior, mas apesar disso existe uma complicação muito grande para efetividade das APAC no país, que é a superlotação do sistema carcerário, a reintegração só funciona com eficiência se existir um número controlado de presidiários, e por isso grande parte do preconceito continua, por que a maioria dos ex-detentos não foram ressocializados, e sim punidos, ou seja, não mudam muito a sua índole. Assim sendo, uma das soluções para fazer a inclusão social funcionar é investir em mais cadeias especializadas, com isso, o número de pessoas corrigidas adequadamente vai aumentar, fazendo a sociedade ver que o índice de reincidência está diminuindo e concluir que é possível para eles se arrepender dos seus crimes e voltar às suas vidas normais, além disso, essas pessoas também irão poder ser incluídos no mercado de trabalho, que é outra grande dificuldade para elas.