Título da redação:

Marginalização indiscriminada

Tema de redação: Como promover a inclusão social de ex-presidiários no Brasil

Redação enviada em 14/05/2018

No Brasil, a inclusão social de ex presidiários é uma tarefa árdua, visto que há uma questão moral que envolve boa parte dos brasileiros que servem como um enorme, senão o maior, entrave no tocante à reintegração social de um indivíduo na sociedade. Grande parte da população age baseado numa moralidade imposta antes mesmo de nascerem. Essa questão é tratada como certo ou errado, sem meio termo, de forma que, quem falha uma única vez, persistirá no erro. Assim, não há espaço para a ressocialização de um infrator da lei, porque há quem acredite que quem vai para a prisão, sairá ainda pior. A pergunta é: quem garante que esse indivíduo não irá se recuperar? Não há garantia de que o indivíduo sairá pior da cadeia porque sequer tratam-no como cidadão portador de direitos, que deve cumprir tarefas dentro da prisão que o direcione para além desta, para que possa provar para si e para a sociedade que é possível, sim, a sua recuperação. O sistema prisional brasileiro não suporta o contingente populacional carcerário. A consequência da superlotação de cadeias pelo Brasil são a mortandade, rebeliões e a contração de doenças provindas da violência e insalubridade que vivem. A recuperação desses detentos submetidas a tais condições não é discutida devido ao alto nível de marginalização imposta a essas pessoas. É importante que haja uma discussão acerca dos meios alternativos para a eficácia da recuperação do preso, seja nas escolas, na mídia, por meio de propagandas e veículos informativos. Meios que englobam oferecer estudo, recrutando professores com incentivo direto do Governo. Oferecer cursos profissionalizantes e, principalmente, atividades culturais com a introdução da arte na vida de cada preso que, por alguma razão, teve sua trajetória de vida interrompida pelas graves condições sociais e econômicas historicamente enraizadas no país.