É consenso que os órgãos governamentais brasileiros, convivem com uma incógnita, no tocante a inclusão de ex-presidiários. Tal infortúnio é inserido na pauta de diversos debates acerca da promoção da cidadania. Dentre os assuntos conferidos, o déficit de desenvolvimento humano, em algumas localidades, isto é, o preconceito popular alimentado por estigmas, em consonância com a carência de incentivo à educação e trabalho, revela a grandeza dos desafios para a reintegração dos egressos. Segundo a obra O Leviatã, do teórico político Thomas Hobbes, a “autoridade” é responsável por realizar a manutenção da paz civil e união social. Não obstante, o poder tanto social quanto político, desenvolveu prejulgamentos acerca dos ex-detentos, conforme a evolução interpessoal da condição humana. Por conseguinte, um ex-cativo, por vezes é subestimado, quanto ao seu caráter e capacidade de superar as sequelas mentais dos atos ilícitos cometidos outrora. Em decorrência disto, a sociedade se conforma em oferecer apoio humanitário não só mal estruturado, mas também pífio aos egressos, como, a escassez de instituições educacionais específicas, além de poucas oportunidades de emprego, destinadas a estas pessoas. Ainda que os dados estatísticos de reincidência criminal exijam uma intervenção sociopolítica. Porquanto, a reintegração dos egressos é um desafio nacional a ser transpassado, visto que o preconceito social consoante à falta de desenvolvimento humano, tem culminado para a estabilização do número de reincidentes. Logo, a criação de leis trabalhistas especiais paralelas às convencionais, atreladas a um amparo educacional de diretrizes exclusivas, compõem propostas sócias cabíveis para a erradicação do problema, exposto pela temática abordada.