A população carcerária do Brasil é a terceira maior do mundo, segundo dados da revista ISTOÉ, e tal situação resulta em dois fatores: desqualificação e discriminação que representam o significado da ausência de oportunidades aos ex-detentos. Tal situação pela qual os ex-presidiários passam ao sair da reclusão é por culpa da má administração do Estado no que concerne à desqualificação dos ex-reclusos. A situação de superlotação é um problema no Sistema Penitenciário Brasileiro, pois ela impede que o Estado aja com os deveres de educar e capacitar essas pessoas, ocasionando no retorno desses indivíduos à criminalidade. Prova disso é que segundo a FBAC (Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados) menos de 30% dos ex-condenados retornam a criminalidade quando passam por um período de capacitação profissional, e essa capacitação pode ser tanto empregatícia quanto educacional. Dessa forma, é notória a dificuldade que o Ministério da Justiça possui em administrar a inclusão de ex-reclusos. Outrossim, é que o maior impedimento da inclusão social de ex-presos no Brasil é decorrente da má qualificação que eles possuem e a discriminação ao arranjar um emprego. Dessa forma, é notório que um meio ideal para a inclusão de ex-detentos é promover ao longo da vida prisional deles cursos que aprimorem seu potencial de trabalho e educação. Desse modo, é notório que promover a inclusão social de ex-reclusos requer um fomento à qualificação deles, como já mencionado. Diante disso, é necessário que o Ministério da Justiça crie um programa nacional para qualificar os ex-presidiários, e isso deve ser feito mediante a criação de uma lei que seja aprovada pelo Estado e que determine a obrigatoriedade de cada penitenciária do Brasil a criar projetos de qualificação profissional, como padeiro, marceneiro entre outros, como consequência desse projeto, espera-se que o número de ex-presidiários que retornam ao crime diminua.