A famosa frase " bandido bom é bandido morto " evidencia ainda mais o preconceito social sofrido por ex-presidiários no Brasil. Por conta disto, a reintegração social de pessoas que já passaram pelo sistema carcerário torna-se cada vez mais difícil em nossa sociedade, fazendo com que, muitas vezes, o presidiário volte com mais facilidade à vida do crime. Segundo a série " Prisões Brasileiras ", apenas 20% dos ex-presidiários conseguem entrar no mercado de trabalho, o que reforça ainda mais a falta de confiança e o preconceito por parte dos empregadores, dificultando a reintegração social de ex-detentos na sociedade, contribuindo para que 40% deles - segundo a própria série "Prisões Brasileiras - retornem a praticar os mesmos crimes de antes do sistema prisional. De igual modo, a falta de estrutura das prisões brasileiras é outro fator que dificulta a recuperação do detentos e consequentemente reintegra-los na sociedade. Celas pequenas e superlotações nas penitenciárias é apenas um espelho da falta de preocupação governamental com a ressocialização dos presidiários, visto que, são tratados de forma desumana e com poucas oportunidades de buscar outras alternativa na sociedade. Portanto, medidas são necessárias para resolver os impasses na inclusão de um ex-presidiário no Brasil. Primeiramente, as condições das cadeias do sistema prisional brasileiro devem ser melhoradas, para oferecer, de maneira digna, meios de preparar o detento para ser integrado na sociedade novamente , como cursos, acompanhamento psicológico e palestras promovidas dentro das prisões. Outrossim, o Congresso Nacional deve propor leis que promovam a inclusão do ex-presidiário no mercado de trabalho, como a obrigação de se ter certo parcela de ex-detentos trabalhando nas empresas, para que assim, de forma conjunta possa ocorrer a inclusão social de ex-presidiários no Brasil.