Todos sabem que, em nosso país, há tempos, observa -se o processo de reintegração de ex presidiários na sociedade. Infelizmente, a metodologia, que busca essa inclusão social é falha. Tal cenário já pode ser evidenciado, em 1888, com a Lei Áurea, responsável pela abolição da escravatura no Brasil sem, contudo, auxiliar os ex escravos a integrar dignamente à sociedade. A segregação destinada aos detentos, visando a punição pelos atos ilícitos cometidos, causa uma certa ruptura com a cidadania, um "Apartheid" social, pois o Sistema Prisional Brasileiro não apresenta meios eficazes que promovam a ressocialização do ex detento. Dessa maneira, quando libertados, encontram dificuldades em sua readaptação, podendo ocasionar seu regresso à vida prisional. Ainda, muitos obstáculos impedem que a problemática possa ser solucionada. O preconceito e a intolerância social perante a imagem de ex presidiários e seu regresso à vida coletiva, bem como a deturpação da educação no processo de ressocialização, visto que, muitas instituições presidiários sofrem com péssimas condições estruturais, agravam a situação. Assim, é evidente que a inclusão social de ex presidiários é de grande importância para uma melhor qualidade de vida coletiva. Logo, medidas são necessárias para contornar o contexto. Os processos de reintegração devem ser ampliados, aperfeiçoados e, principalmente, postos em prática. A privatização do Sistema Prisional Brasileiro propiciaria melhorias estruturais e, por conseguinte, efetivas condições de recuperação da pessoa detesta. Além disso, palestras e debates devem ser promovidos, pelo MEC e pelo Ministério da Cultura, afim de conscientizar a população sobre a importância da restauração da vida coletiva em nossa sociedade.