No começo do convívio do ser humano em sociedade, o encarceramento teve a característica primordial de punir, como o Império Romano praticava contra os invasores externos, não possuindo nenhum fim educativo. Porém, com o passar dos anos, os presídios assumiram um papel de reeducar os reclusos e entregá-los à sociedade aptos a conviver socialmente. No Brasil, a partir do aumento da criminalidade, a perspectiva de que o ex-presidiário não cometa mais crime é quase nula, pois o produto do delito traz um retorno financeiro maior do que o trabalho formal. Nesse aspecto, o preconceito na sociedade também é uma barreira, ao passo que se gera uma desconfiança automática pelo fato do indivíduo ser ex-detento. Por outro lado, o sistema prisional brasileiro carece de programas que ensinam ao preso alternativas para abandonar a criminalidade, induzindo os indivíduos a trabalhar para diminuir a pena, como prevê a Lei de Execução Penal, não trazendo nenhum fim educativo. Além disso, o Estado repassa o dilema da ressocialização para a sociedade, comprovado pela aplicação de políticas publicas ineficientes, como mostram os dados em que quase metade dos presos voltam a praticar delitos. A inclusão dos ex-presidiários no convívio coletivo depende de uma ação conjunta entre sociedade e governo. A partir disso, o Governo Federal deve fornecer palestras nos presídios ministradas por psicólogos renomados, a fim de mudar a visão do preso em relação à sociedade e, ao mesmo tempo, conceder incentivos fiscais para as empresas que contratarem ex-presidiários.