Título da redação:

A reinserção resulta em não reincidência

Tema de redação: Como promover a inclusão social de ex-presidiários no Brasil

Redação enviada em 13/05/2018

O estigma com que o ex-presidiário sai da cadeia o acompanha o resto da vida, seja no âmbito profissional como no pessoal. Essa realidade demonstra os obstáculos que ,ainda, devem ser ultrapassados para uma reinserção efetiva dos ex-detentos na sociedade. Para isso, analisar as causas do porquê tal fato persiste é de fundamental importância para entender as consequências. É importante pontuar , de início, que os motivos pelos quais os ex-presos são veementemente julgados na comunidade estão atrelados ao preconceito enraizado. Dessa forma, a formação de conceitos prévios sobre aquele que já cumpriu pena é extremamente presente na cultura brasileira, por exemplo, quando uma empresa está contratando profissionais com experiência em algum cargo, e por um acaso há duas opções, entre elas, um ex-detento com experiência e um indivíduo sem ocorrência policial e sem experiência, nesse caso, a contratadora irá optar pela pessoa com ficha limpa, mesmo sem ter atuado no cargo já que associa-se uma imagem negativa ao ex-criminoso justamente pela carga de conceitos estabelecidos no estigma social. Nessa situação, nota-se, infelizmente, motivações infundadas para essa atitude. Outra questão fundamental a citar, ainda, são os efeitos que isso provoca na individualidade do ex-preso. Nesse sentido, a incapacidade do Estado em auxiliar na reinclusão é bastante visível,e como em um "efeito dominó" o ex-presidiário é excluído do corpo social.E a não obtenção de êxito no trabalho e nem na convivência entre a comunidade por conseguinte o conduz a entrar em contato com o crime novamente e finalmente torna-se um criminoso reincidente, o qual por falta de oportunidades e isolacionismo deixou mais uma vez de ser inserido com efetivação. Esse ciclo ao invés de ser exceção é a regra e essa situação continua progressivamente precária. Logo, o interventor principal e essencial é Conselho Nacional da Justiça, o órgão especializado em tratar desse assunto deve atuar fiscalizando e mudando as situações calamitosas dos presídios, os quais contribuem para a indignação do detento. E a outra medida a ser feita deve ser a atuação mais presente em sociedade do Conselho para a promoção do ex-presidiário nas atividades sociais. Isso é possível ser feito por meio primeiramente de profissionais fiscalizadores que demandem modificações nas cadeias para um tratamento humanizado que dará início a readaptação em sociedade. Quanto a participação do ex-carcerário na comunidade deve ser feita por intermédio de cursos profissionalizantes e ações sociais que auxiliem na relação entre indivíduo e comunidade. O objetivo dessas ações visam a harmonia e a justiça que a democracia brasileira garante.