A Proclamação da República, em 1889, foi um marco para a democracia brasileira, ampliando a participação de alguns membros da população na política. Entretanto, foi somente em 1988, com a Constituição Cidadã, que foi liberada a atuação facultativa de adolescentes de 16 e 17 anos. Esse atraso fez com que muitos jovens, até hodiernamente, não se interessem na política por diversos motivos. Em primeiro plano, a reforma do ensino médio, proposta no governo Temer, exclui boa parte das matérias da área de humanas da grade obrigatória de aulas. Tal fato, juntamente com a falta de incentivo à vida política já existente entre os jovens, agrava a omissão de participação por parte destes. Além disso, o Brasil está passando por uma grave crise desde 2015, causada por escândalos políticos e financeiros. Essa crise fez com que muitos adolescentes perdessem a esperança com o sistema político atual, sendo esse fato comprovado por dados do O Globo, que indicam que a participação de eleitores de 16 e 17 anos vem caindo em um ritmo maior. Tendo em vista o que foi previamente exposto, há uma possível solução para a problemática. Faz-se necessária uma reformulação da grade escolar dos ensinos fundamental e médio adicionando aulas sobre política e Constituição e contratando professores capacitados, por parte do Ministério da Educação. Tal proposta tem como finalidade ensinar os jovens sobre a necessidade de uma atuação política a sociedade. Somente assim, será possível incentivar a participação de jovens eleitores na política brasileira.