Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A participação política do jovem no Brasil contemporâneo

Redação enviada em 26/10/2018

Conforme os preceitos de Aristóteles, filósofo da Grécia Antiga, o indivíduo se torna cidadão a partir de sua participação na esfera política. Nesse contexto, evidencia-se a responsabilidade do âmbito público em consolidar a cidadania por meio da sociedade que a exercerá. Entretanto, devido à corrupção ser um problema endêmico no Brasil, o atual cenário é de descrença na política, em especial, por jovens que se fazem pouco interessados no setor. É importante considerar, antes de tudo, que a ação política juvenil é decisiva no cenário de construção social e politizada. Nesse sentido, ações da juventude já provaram o seu papel impactante e transformador da sociedade, o que fez redirecionar cursos, mudar interesses e refazer expectativas. Prova disso foram as mobilizações juvenis com alto poder de engajamento bem sucedidas: “Diretas Já, no anos 1980 e “Passe Livre”, em 2013, as quais possibilitaram o direito da população, esse garantido pela Constituição Cidadã, de disseminar seus ideais, buscando garantir um futuro que permitisse a concretização de seus desígnios. Desse modo, é essencial pensar em uma juventude politizada com mais atitude solidária e civil, haja vista que essa resulta em transformações duradouras e indispensáveis ao corpo social. Convém analisar, também, que apesar de sua importância, o jovem se sente desmotivado em atuar politicamente na sociedade. Dentro desse contexto, o grande número de casos de corrupção, com a Lava Jata, Mensalão e a Operação Navalha, noticiados pela mídia, contribui para o estigma do político-ladrão, o qual fragiliza a participação política da juventude. Nesse viés, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a porcentagem da população entre 16 e 17 anos que possui título de eleitor caiu entre os anos de 2012 e 2016, o que comprova o desinteresse para com a atuação desobrigatória, além de destacar a deficiência preparatória da mocidade para o cumprimento de seu papel civil. Dessa forma, segundo Mário Sérgio Cortella, filósofo e educador, a escola tem um papel fundamental, pois pode reverter uma mentalidade pessimista e imatura no que tange ao governo das nações. Fica claro, portanto, que medidas são necessárias para o aumento na participação política dos jovens brasileiros na política. Nessa perspectiva, é primordial que o Ministério da Educação, assistido pelo Executivo, implemente nas escolas, sobretudo no ensino médio, disciplinas que instruam sobre política e voto consciente, além de realizar seminários populares que mostrem aos pais e moradores que é possível, por meio da atuação, mudar o atual cenário político, com exposições, palestras e sarais. Ademais, é essencial que plataformas interativas online, que expliquem o funcionamento político, sejam divulgadas para os jovens como conteúdo transversal com o objetivo de facilitar o acesso às informações relevantes sobre política. Com efeito, a realidade se aproximará dos ideais aristotélicos, formando uma sociedade com cidadãos ativos.