Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A participação política do jovem no Brasil contemporâneo

Redação enviada em 30/09/2018

A participação política dos jovens brasileiros foi diversas vezes responsável por influenciar diretamente o rumo da história do país, a exemplo do movimento “Diretas Já”, ocorrido nos anos 80 ou de protestos sucedidos em todo o país, tais quais o “Passe Livre”, em 2013. Muito embora tais manifestações tenham sido organizadas e executadas majoritariamente pela população juvenil, eles ainda exercem insuficiente participação no panorama político do país, seja devido à descrença no sistema atual, seja pela falta de conhecimento e discussão sobre o assunto. É importante pontuar, de início, que a sociedade vive em um contexto pós-moderno caracterizado por um homem descrente das mais variadas esferas: econômica, moral, religiosa e política. Aliado a isso, a corrupção, comportando-se de maneira endêmica e quase natural, se mostra como uma das razões que intensificam essa descrença do jovem sobre a situação política do país. Desse modo, desperta-se o sentimento de que o engajamento político seria em vão, porquanto não são observadas mudanças no cenário do país. É importante pontuar, também, a falta de conhecimento do jovem em relação aos assuntos associados à política, inclusive no que diz respeito aos seus direitos e deveres. Isso se deve ao sistema educacional brasileiro, denominado por Paulo Freire como “educação bancária”, responsável por ensinar os alunos apenas sobre matérias, mas não a serem cidadãos. O sociólogo defendia que seria necessário instruir mais sobre economia e política nas escolas para que fosse possível vivenciar uma libertação da população. Logo, caso se utilizasse dessa “educação libertadora”, a juventude brasileira estaria mais qualificada para discutir pontos relevantes para a política nacional, bem como lutar pelos seus direitos. Dessarte, medidas são necessárias para tornar a atuação juvenil efetiva na política do país. Desse modo, o Ministério da Educação deve introduzir a obrigatoriedade de uma educação politizadora, por meio da inserção na matriz curricular de uma matéria capaz de orientar acerca do cenário político do país, a constituição e os direitos e deveres de todos os cidadãos, incentivando o debate e a construção de ideias. Além disso, projetos análogos ao “Deputado Mirim” devem ser incentivados e estabelecido nas escolas, buscando eleger um jovem, representante dos interesses de sua classe, para participar de discussões e levar reivindicações e sugestões para o câmara de vereadores da sua cidade. Assim, o jovem não apenas participará da política em momentos de crise e manifestações, mas ajudará a construir o país cotidianamente.