Em meio a um ano no qual acontecerão eleições, vem se discutindo muito sobre a política brasileira e o sistema eleitoral. Nesse sentido, é perceptível que tal cenário brasileiro sofre com diversas falhas existentes. Dessa forma, muitos jovens ao se informar, por meio de noticiários dos diversos casos de corrupção atrelados a impunidade, perdem a confiança e não se interessam pela participação política de forma efetiva. É importante considerar, contudo, que durante anos da história brasileira escândalos de roubo ao erário tornaram-se conhecimento de todos, entretanto muitos deles não receberam punições necessárias. Nessa perspectiva, um exemplo de tal fato é o do ex-presidente Collor que se comprovou o envolvimento em crime de roubo, porém mais tarde se tornou senador. Logo, criou-se uma sociedade na qual defende a ideia de que “todo político rouba” resultando em um desinteresse sobre tal assunto. Descrevendo isso, o autor modernista Lima Barreto em sua obra “triste fim de Policarpo Quarema” mostra a desilusão, de um nacionalista, com a política e com vários outros setores da sociedade brasileira. Assim como Policarpo, a sociedade se encontra decepcionada e a mercê dos assuntos políticos. Nesse panorama, com a falta de interesse, não há participação da população no campo político e o voto se torna um ato de negligência. Diante disso, jovens e adultos se tornam plateia dos acontecimentos e decisões estabelecidas em centros políticos. Nesse viés, é notório que não há uma busca de defesa dos direitos, como aconteceu em 2015 nas manifestações do “passe livre”, pois tal atividade logo perdeu força resultando em poucos resultados positivos. Além disso, com a população descrente o voto se tornou uma atividade do comércio, assim muitas pessoas recebem vantagens econômicas para votar em candidatos e dessa forma são eleitos inúmeros corruptos que não receberam uma avaliação correta para chegar ao cargo. Fica claro, portanto, que com a exposição de crimes no cenário brasileiro formou-se uma população distante de participações políticas. Nessa perspectiva, faz-se necessário que o ministério da educação implante em escolas projetos de esclarecimento e incentivo aos jovens em relação à assuntos do cenário politico para que desde as gerações iniciais se tenha uma nova visão sobre a participação em tal setor . Outrossim, é importante que ONGs realizem projetos em empresas públicas e privadas incentivando a população a votarem de forma consciente e avaliar candidatos evitando, assim, eleger criminosos. Logo, com uma orientação efetiva será possível produzir uma geração consciente, modificar a atual produzindo uma sociedade mais engajada em tais assuntos.