O voto é a decisão oficial que declara a preferência do eleito em um processo eleitoral. Desde o tempo colonial já se tem registros de sua presença no Brasil, porém foram necessários vários anos para ele se tornar o que é hoje, ou seja, um direito da população. Assim como os adultos e idosos, os jovens tem esse direito garantido desde a Constituição de 1988. Entretanto, com o avanço das décadas, foi notada a diminuição na taxa de participação desse grupo nas épocas de eleições, fatores como a crescente corrupção e a despreocupação, por parte deles mesmos, contribuem para a consolidação desse quadro atual. Hodiernamente, é inevitável notar uma drástica redução da participação juvenil no ramo eleitoral. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, apenas 1,61% do total de eleitores, são jovens. Há uma série de fatores que podem ter resultado nesse caso. Segundo o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, o principal fator que gerou essa situação é a descrença dessa geração no quadro político atual. A ineficácia das leis em crimes graves e diversos escândalos de corrupção envolvendo políticos, que muitas vezes estão presentes nas eleições, fortalecem essa hipótese. Logo, é perceptível as causas desse desinteresse dos jovens na política, e o que ele vem causando na realidade. Outrossim, a crescente corrupção é um fator primordial que vem sendo responsável pela formação de uma geração desacreditada politicamente. Segundo uma pesquisa feita com adolescentes pelo G1, mais de 85% dos entrevistados indicaram a corrupção como fator mais desmotivador para o ingresso no mundo político. Tal resultado não é surpresa, a atual situação política do país está repleta de políticos com diversos processos envolvendo alguma participação em esquemas de corrupção e a situação de escolas e hospitais públicos explicam o resultado dessa pesquisa. Dessa forma, é indubitável os males que esse entrave vem causando na realidade política nacional. Fica evidente, portanto, que medidas devem ser tomadas para resolver essas problemáticas persistentes. O Supremo Tribunal Federal pode revigorar as leis sobre o crime de corrupção, tornando-as mais rígidas e difíceis de burlar (com privilégios políticos), gerando assim, uma maior cautela, por parte dos políticos, em cometer esse crime. O TSE, junto a mídia, com apoio financeiro do governo, podem criar campanhas que estimulem a participação dos jovens na política nacional, mostrando a eles que possuem um direito que deve ser cumprido, que é o de decidir o destino do país.