O Modernismo, movimento artístico brasileiro que teceu críticas ao governo e a realidade social do século XX, foi visto por muitos como um fenômeno jovem, de mudança de paradigmas. Nesse contexto, observa-se que estimular o engajamento deste grupo, quando a pauta é a esfera política, torna-se um desafio que perpassa por um processo de familiarização e fomentação dessa esfera. Assim, é necessário uma análise de tais pontos. Em um primeiro momento, observa-se uma negligência no momento de uma primeira inserção desses indivíduos nesse mundo. Ou seja, sem deter os conhecimentos básicos das ferramentas democráticas de governo, tentar inseri-los em uma terra ainda desconhecida acaba sendo irresponsável, visto que, sem conhecer a hierarquização e os patamares que envolvem os poderes, os ideais e solicitações feitas por esse grupo, acabam tendo uma má estruturação, sem um direcionamento correto. Ademais, incentivar essa juventude durante o colegial torna-se uma boa estratégia. O filosófo Aristóteles, ao estudar política, disse que objetivava assegurar, sempre, o bem comum, o que ratifica a importância de inserir projetos escolares que envolvam as decisões em prol de uma coletividade, o que vai ao encontro dos ideais de uma boa governança. Desse modo, fomentar o espírito de comprometimento com o contexto que o cerca, acaba por formar um indivíduo consciente do seu poder em sociedade. Fica claro, portanto que, para uma postura mais engajada do jovem, o trabalho tem que começar na sua formação. Sendo assim, o Ministério da Educação pode inserir, na Base Comum Curricular para o Ensino Médio, uma disciplina que aborde como é estruturado o governo, minuciando a hierarquia que o envolve, de modo que sejam contratados, para isso, professores que atuem nos colégios públicos. A Escola, por sua vez, deve estimular a criação de grêmios estudantis, a fim de fomentar os ideais de organização em grupo. Só assim será recuperado, aos poucos, a juventude base do século passado.