A geração de jovens que clamavam por votações diretas, saía às ruas e protestava durante a ditadura militar foi ultrapassada. Atualmente, os mais novos se abstêm de participar da política. Isso acontece pelo descrédito que a mesma tem bem como a alienação e individualidade presente na contemporaneidade. Assim, faz-se necessário corrigir esse quadro que pode comprometer o futuro do país. No que se refere a falta de confiança na política, recentes investigações da polícia federal trouxeram à tona a realidade: os grandes desvios de dinheiro realizados por políticos e empresas. Delações premiadas denunciaram o envolvimento da esfera governamental até a federal e de deputados do congresso. Diante disso, a política é estigmatizada como uma atividade quase criminosa pelo jovem, que prefere não se informar sobre ela para não receber más notícias. Ademais, a juventude está assistindo séries, filmes e atualizando as redes sociais, isto é, alienando-se do mundo real e dos problemas do país. Outrossim, falta um senso de comunidade, já que a individualidade é vigente, como afirma o sociólogo Zygmunt Bauman. Dessa maneira, os jovens não lutam pelo bem-comum através da política porque estão muito preocupados consigo. Portanto, afim de não permitir que essa parcela significativa da população prive a si mesma da política, é importante que o Ministério da Educação exija das escolas a formação de grêmios estudantis e que as secretarias de educação zelem por esse programa, assim os jovens têm contato com política já na escola. Além disso, a obrigatoriedade de um rigor maior no ensino de política em Filosofia e Sociologia nas escolas com mudanças na Base Nacional Comum Curricular pelo MEC pode ser a solução para os jovens entenderem a importância desse assunto.