Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A participação política do jovem no Brasil contemporâneo

Redação enviada em 16/07/2018

Há, entre a população brasileira, uma descrença geral em relação a política do país, em decorrência dos recentes e contínuos escândalos políticos que desmotivam, também, a colaboração dos jovens nesse campo social. Além disso, o pouco espaço que é destinado na política a essa faixa etária e a irrisória cultura que é demandada à população nas instituições de ensino para formar indivíduos engajados mitigam a consciência do poder transformador da juventude na sociedade. Em primeira análise, vale ressaltar que há estigmas acerca da parte que cabe a população na política. Nesse sentido, a ínfima cultura política que é construída pelas instituições educacionais deixam que o senso comum se espalhe e, com ele, o ideário entre os jovens de que apenas a atitude do voto é a parte que contempla a população nas decisões públicas, quando na verdade se deveria acompanhar os trabalhos e a efetivação das propostas. Os políticos, por sua vez, aproximam-se da juventude apenas nos momentos eleitorais, ratificando tal consenso. Desse modo, a participação jovem na política não se expande e, dados da Campanha por um Plesbicito na Constituinte para a Reforma Política confirmam esse evento ao revelar que, enquanto os jovens representam 40% do eleitorado, o Congresso Nacional conta com apenas 3% deles. Contudo, há um ímpeto transformador na juventude que deve ser incentivado. Aristóteles definiu o homem como um “zoon politikon”, ou seja, um ser político e a juventude é caracterizada por um ímpeto de mudanças. Com isso, teve-se a Primavera Árabe, que foi um movimento político de caráter revolucionário com grande participação jovem e que destituiu vários governos ditatoriais. No Brasil, a manifestação dos “Caras Pintadas” resultou em transformações duradouras e indispensáveis ao corpo social com o impeachment de Fernando Collor. Aliás, essa parcela da população conta hoje com uma ferramenta que a caracteriza: a tecnologia. Foram as mídias sociais que possibilitaram as manifestações de 2013 e são elas que podem expandir a possibilidade de participação jovem nesse setor, alterando o desgastado processo político. Infere-se, então, que é indispensável que os jovens sejam inseridos no corpo político do país, auxiliando a ocorrência de transformações. Cabe ao Ministério da Educação, em conjunto com as Secretarias Municipais de Ensino, implementar na grade curricular das escolas aulas cívicas voltadas ao entendimento da política e as formas de participar dela, usando a tecnologia, por exemplo, para auxiliar nesse processo, bem como criar eventos nas próprias escolas que incluam a população dos arredores e políticos próximos, como vereadores, possibilitando debates organizados pelos jovens com o auxílio de seus professores, a fim de aproximar a política da população e de fortalecer o papel cidadão descrito por Aristóteles.