Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A participação política do jovem no Brasil contemporâneo

Redação enviada em 12/07/2018

Segundo Max Weber, as estruturas sociais estão diretamente relacionadas ao poder de ação dos indivíduos, construindo e modificando a sua realidade social. Diante dessa premissa, o engajamento político, especialmente de jovens, é fundamental para provocar mudanças sociais e melhorias na qualidade de vida da população. Contudo, o cenário político brasileiro, repleto de corrupção e escândalos, tem desmotivado muitas pessoas a se envolver e aprender sobre política, além da ausência de estímulo do sistema educacional para o conhecimento crítico sobre o assunto. Primeiramente, é preciso entender o conceito de política, que é mais amplo do que o simples ato de votar ou ser votado. Assim, a política abrange todas as formas de participação do indivíduo no controle e fiscalização das condutas de políticos, bem como criar estratégias para influenciar as decisões públicas. A exemplo das manifestações populares em 2013 para contestar os aumentos abusivos nas tarifas de transporte público. Mas esse movimento foi pontual, pois a maioria dos jovens cotidianamente não cumpre o seu papel político e, por vezes, desconhecem as formas de exercer a cidadania, já que não há disciplinas que versam sobre educação política nas escolas e universidades. Outrossim, o perfil da juventude tem sido diferente de outrora, o que se verifica no grande comodismo atual. Desse modo, o individualismo, calcado no envolvimento frequente com muitas obrigações pessoais em detrimento da empatia social e preocupação com o todo, reflete-se na dificuldade em construir um cidadão protagonista e ativo. Ainda, o descrédito social nas autoridades políticas, muitas vezes associadas à corrupção, torna-se um fator de desânimo ao comprometimento político dos jovens. Fato percebido em dados do Tribunal Superior Eleitoral, os quais demonstram a redução da porcentagem de jovens, com 16 e 17 anos, que possuem o título de eleitor, entre 2012 e 2016. Dessa maneira, é necessário criar uma visão cidadã nos jovens para que efetuem a sua função política independente da conjuntura governamental do momento. A começar pela ação do Ministério da Educação com a inclusão, no plano curricular das escolas e universidades, de uma disciplina voltada para o estudo da constituição federal e para a educação política dos alunos, a fim de promover o envolvimento dos jovens na participação política. Ademais, as escolas e universidades devem estimular a ação política como complemento das notas semestrais, como participar de conselhos e conferências municipais, de reuniões do Orçamento Participativo, de audiências públicas, além de atentar-se aos portais de transparência, no intuito de incentivar o controle social pelo aluno tornando-o um hábito e provocando o entendimento sobre seu papel na sociedade enquanto cidadão.