Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A participação política do jovem no Brasil contemporâneo

Redação enviada em 01/07/2018

Segundo Paulo Freire, filósofo e pedagogo brasileiro, se a educação sozinha não transforma a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda. Analisando o pensamento e relacionando-o à participação dos jovens na política brasileira, percebe-se que as instituições intransigentes e a escassez de ensino político no ambiente escolar atuam como propulsoras dessa problemática. Nesse sentido, convém uma análise das principais soluções desse impasse no país. Em primeiro instante, é relevante pautar que segundo o site G1, os jovens (de 16 a 35 anos) representam 40% do eleitorado, no entanto, constitui apenas 3% no Congresso Nacional. Sob essa conjuntura, nota-se que a participação da juventude ainda é insuficiente, haja vista que a falta de entidades e parlamentos mais flexíveis impedem o fomento de uma cultura de participação que possa ouvir e discutir as demandas da população juvenil. Dentro dessa lógica, é sensata uma modificação na estrutura das instituições, com o fito de aproximar a juventude brasileira de conferências internacionais, disponibilizando ferramentas para o engajamento no cenário internacional. Em segunda análise, é cabível enfatizar que a carência do ensinamento político nas escolas afeta negativamente o desenvolvimento social do adolescente. Nessa perspectiva, a filosofia de Paulo Freire faz-se relevante quando observa-se que a construção de um senso crítico contribui para a formação de cidadãos que sabem argumentar acerca de diversas opiniões, não se acomodando ao senso comum. A vista de tal preceito, torna-se relevante a criação de grêmios estudantis e diretórios acadêmicos com o intuito de incentivar a representação dos alunos e a argumentação em debates. Infere-se, portanto, que as instituições metódicas e a ineficiência do âmbito escolar corroboram o ínfimo índice de participação política dos jovens. Partindo desse pressuposto, a fim de solucionar essa problemática, torna-se pertinente a mobilização de agentes como o Estado. Nesse contexto, compete ao Ministério da Educação complementar à grade escolar projetos sociais que promovam debates e palestras, com ênfase no público adolescente, por meio das escolas, com profissionais altamente qualificados, no sentido de orientar os jovens a respeito da importância política para construção social e conhecimento de deveres e direitos dos cidadãos. Dessa modo, ao realizar as medidas supracitadas, a educação contribuirá para a transformação do tecido social como proferido por Paulo Freire.